"Ele foi executado", diz Delegado sobre morte de primo do goleiro Bruno.
Sérgio Sales foi encontrado morto na Região Norte,
em Belo Horizonte.
Vítima era um dos réus no processo sobre morte de Eliza Samudio.
Vítima era um dos réus no processo sobre morte de Eliza Samudio.
O delegado Breno Pardini, que investiga a morte de
Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes, disse que o crime foi uma
execução. "Ele foi executado", falou o delegado no local da morte, no
bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo Horizonte, na manhã desta
quarta-feira (22). Sales era um dos réus no processo que apura o
desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada de Bruno.
Segundo o delegado, a vítima tomou o primeiro tiro
antes do local onde ele foi encontrado morto, e a execução aconteceu na entrada
da casa onde o primo do goleiro tentava se esconder. Agora, segundo Pardini, a
investigação deve refazer os passos de Sales nos últimos dias. O delegado ainda
afirmou que é muito precipitado ligar a morte de Sales ao processo que
investiga o desaparecimento de Eliza Samudio.
Sérgio Rosa
Sales (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Em entrevista ao MGTV 1ª Edição, o delegado chefe
do Departamento de Investigações de Belo Horizonte, Wagner Pinto, disse que a
motivação de o crime ser uma queima de arquivo é uma das trabalhadas na
investigação. "A hipótese de crime por queima de arquivo ganha força.
Sérgio prestou informações relevantes para o esclarecimento da autoria do
assassinato de Eliza Samudio", disse o delegado.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e
morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos
–contribuíram
com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram
com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre
medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Segundo o pai de Sérgio Sales, ele não era
ameaçado. "Ele não estava sendo ameaçado, ele era amigo de todo
mundo", disse o pai da vítima Carlos Alberto Sales, no local do crime
nesta quarta-feira (22).
O crime
Segundo a PM, ainda não há dados sobre motivação, mas informações iniciais dão conta de que Sales estava saindo de casa para trabalhar quando foi perseguido por dois homens em uma motocicleta. Ele teria tentado se esconder em uma casa quando foi morto. O local é próximo à casa da vítima. A PM disse que o primo do goleiro Bruno foi atingido por seis tiros, entre eles, no rosto, na barriga e na mão. "Pelo número de disparos, a tentativa era de execução", disse o sargento da Polícia Militar (PM), Célio José de Oliveira.
Segundo a PM, ainda não há dados sobre motivação, mas informações iniciais dão conta de que Sales estava saindo de casa para trabalhar quando foi perseguido por dois homens em uma motocicleta. Ele teria tentado se esconder em uma casa quando foi morto. O local é próximo à casa da vítima. A PM disse que o primo do goleiro Bruno foi atingido por seis tiros, entre eles, no rosto, na barriga e na mão. "Pelo número de disparos, a tentativa era de execução", disse o sargento da Polícia Militar (PM), Célio José de Oliveira.
Movimentação
dos policiais no local onde o corpo foi encontrado. (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Sales ganhou liberdade no dia 10 de agosto de 2011, quando
a Justiça decidiu pela soltura provisória do réu. De acordo com o desembargador Doorgal
Andrada, Sales não apresentava capacidade de influenciar testemunhas, não tinha
poder aquisitivo e colaborava com as investigações. À época, o advogado de
Sales, Marco Antônio Siqueira, disse que sempre esperou que seu cliente fosse
solto. Para ele, o primo do goleiro era uma testemunha do crime.
saiba mais
Nesta quarta-feira, até o fechamento desta
reportagem, o defensor não foi encontrado para comentar sobre o assassinato.
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus forma pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus forma pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza
deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da
criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri
popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e
ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio
Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade desde 2008. Já o
ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no
júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson
Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em
Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já
Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro
e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010
e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser
indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais
(TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
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