Durante o
trajeto ele teria ameaçado até a delegada que investiga o caso.
O empresário Edilson
Alves Rocha, de 48 anos, preso no último sábado (19), na cidade de Pacajá, no
Pará, foi transferido nesta segunda-feira (21) para São Luís, onde foi
apresentado na sede da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA).
Desde outubro do ano passado, o empresário passou a ser suspeito de integrar
uma quadrilha interestadual de roubo de cargas e de encomendar a execução de
cinco pessoas nas regiões de Balsas e Açailândia, crimes ocorridos em 2006.
O empresário foi
trazido de volta ao Maranhão por uma equipe do Grupo Tático Aéreo (GTA).
Durante o trajeto até São Luís, Edilson Alves Rocha, segundo a delegada Nilmar
da Gama Rocha, responsável pela operação de captura, chegou a declarar que
ficaria satisfeito caso o helicóptero caísse, pois assim "poderia ir para
o inferno e levá-la".
Em poder de Edilson
Alves Rocha, que é capixaba, natural de Nova Venécia, a polícia apreendeu um
revólver calibre 38, municiado. As investigações no estado do Pará confirmaram
ainda que o quadrilheiro seria dono de uma grande serraria na cidade de
Pacajá-PA, instalada em mata fechada, onde detém maquinários pesados. O
material, porém, não pôde ser apreendido, pois há informações de que a área é
dominada por capangas, o que exige efetivo policial em maior escala.
Investigações
A delegada responsável
pela prisão do empresário foi a titular do Departamento de Missões Especiais da
Delegacia Geral, Nilmar da Gama Rocha, que descobriu também que o suspeito
mudou de ramo de atividade. Antes ele trabalhava com manutenção de máquinas
pesadas, em Açailândia, mas se estabeleceu na extração de madeira, no Pará.
Segundo a polícia, há
também contra o empresário, a investigação de seu envolvimento como mandante de
dois crimes bárbaros. Um deles contra três caminhoneiros, executados no dia 17
de maio de 2006, no município de São Raimundo das Mangabeiras, região sul do
Maranhão. As vítimas tiveram seus veículos roubados, um caminhão cargueiro, um
trator e uma pick-up Blazer, que foram encontrados em sua empresa.
De acordo com as
investigações, ao saber que poderia ser preso pela morte dos caminhoneiros,
Edilson Rocha resolveu fechar a firma e se mudar para o Pará. Contudo, antes de
fugir, o empresário ainda seria apontado por um duplo homicídio, ocorrido no
dia 20 de outubro daquele mesmo ano, na cidade de Açailândia. As vítimas foram
um cadeirante e seu motorista.
As vítimas foram
encontradas mortas e enterradas em uma cova rasa. Os corpos foram localizados
em uma fazenda no município de Açailândia, distante 72 km de Imperatriz. As
vítimas estavam com as mãos amarradas para trás e com várias perfurações de
bala.
De acordo com a
polícia, um dos mortos, era envolvido com roubo de caminhões.
Fonte: O Imparcial (Foto: O Estado)
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